19
abr
2012

1 Sesi Depois das 8

  Enfim, estava eu e a minha amiga Glésia, brisando enquanto saia da escola. Ai ela teve a ideia de um conto, eu gostei e escrevemos esse aqui... Mano, eu gostei, e vcs??



  O sinal tinha acabado de tocar, anunciando o fim da última aula. Peguei minhas coisas, coloquei no armário e pedi para a Glésia, minha amiga louca, pra me esperar.
  Bom, meu nome é Janaína, tenho 15 anos e estou no 1° ano do Ensino Médio. Eu sou alta, pela clara, olhos castanhos e cabelos também castanhos e longos, lisos por causa da chapinha. Glésia tem 14, era mais baixa que eu, tinha olhos castanhos escuros e cabelos castanho claro, encaracolados.
  Saímos da sala de aula, dando tchau pro professor de Sociologia, a única alma viva que restava na sala. Descemos os quatro andares e andamos até a saída. Subimos a Catumbi conversando sobre o Josh Hutcherson, nosso gatinho. Naquela hora, me lembrei de uma coisa:
 - Caramba Glésia! A gente esqueceu que amanhã tem prova de Filosofia!!
 - Nossa, é mesmo... E agora Jana? Eu não sei nada, a gente não pode ficar de recuperação nessa matéria também!! – disse ela, desesperada. A gente estava de recuperação em quase todas as matérias, ficar de recuperação em Filosofia era tudo o que a gente não precisava nesse momento. Tive uma ideia.
 - E se a gente voltar lá pra pegar o caderno?
 - O que? Voltar pra escola essa hora? Mas são quase 8 da noite, já deve estar tudo fechado!
 - Eu sei, mas a gente tem que tentar...
 - Tá legal Jana, vamos logo então, tenho que chegar cedo em casa – disse ela, me puxando de volta pelo caminho que tínhamos vindo.
  Descemos a Catumbi correndo, e pegamos a tia fechando os portões da escola.
 - Tia, a gente pode entrar? – falei, sem fôlego da corrida
 - Não tem ninguém mais aqui – disse ela.
 - Mas a gente precisa entrar tia... é questão de vida ou morte – disse a Glésia.
 - Se eu fosse vocês, não entrava – disse a tia, me tirando a paciência
 - Mas a gente precisa tia... Podemos? – disse eu, com uma cara de cachorro que caiu da mudança
 - Depois não digam que eu não avisei – disse ela, abrindo o portão e dando espaço pra gente passar.
 - Muito obrigado tia – disse nós duas juntas, correndo pra dentro da escola.
  Como a tia tinha dito, não tinha ninguém, a escola estava totalmente escura. Chamamos e elevador (não somos bobas né!!!) e subimos nele. Apertei o botão com o N° 4 e o elevador começou a subir. De repente, o elevador deu um baque e parou, e a luz se apagou.
 - Ah!!! – gritou a desesperada da Glésia
 - Calma menina – disse eu, tentando manter a calma – o elevador só parou.
 - A tá, não me diga – disse ela, irônica – e como é que a gente sai daqui? – perguntou ela
 - Calma, daqui a pouco o elevador abre. – disse eu. Do nada, o elevador desceu muito rápido, como se ele estivesse caindo, e parou com a mesma rapidez que começou a cair.
  A porta do elevador se abriu e fomos parar em um lugar que eu nunca tinha visto antes na escola. Era no subsolo, com certeza, estava mais escuro ainda lá. Fumaça saia de algum lugar que eu não sabia onde, um frio invadia o meu corpo, e me fazia tremer. Lá tinha uma cadeira e uma carteira bem velha, toda rabiscada.
 - Jana... onde é que a gente tá? – perguntou a Glésia, abraçando os braços, com frio.
 - Não faço a mínima ideia... – nessa hora, ouvimos um livro cair no chão, fazendo um baque muito alto. Demos um grito e alguma voz sinistra começou a rir.
 - Vocês não deveriam estar aqui – disse a voz sinistra.
 - Q-quem é v-você? – perguntei, gaguejando
 - Eu sou seu pior pesadelooooooooooo – ela disse.
 - Glésia... Corre! – eu disse, pegando o braço dela e voltando pro elevador. Na hora em que chegamos lá, a porta se fechou, deixando o lugar totalmente escuro. Começamos a bater na porta e pedir ajuda, mas alguma coisa puxou nossos pés e fomos arrastavas para o meio da sala. Olhei para os meus pés e vi que era aquela névoa que nos arrastou até aqui, e ela vinha subindo, até os nossos pescoços. A névoa começou a se enrolar no meu pescoço, me sufocando. Comecei a me debater que nem louca, não tinha ar!
  Olhei pro lado e vi que a Glésia estava desacordada, e foi ai que me desesperai mais ainda. Não sei por quanto tempo lutei, mas depois de alguns instantes, desmaiei.
  Eu estava num lugar totalmente diferente, estava em um jardim, cheio de rosas, margaridas e lírios. Olhei para baixo e vi que não estava mais com o uniforme, estava com um vestido florido que vinha até o joelho. Comecei a andar pelo jardim e vi uma garota, loira de olhos azuis, tocando um violão debaixo de uma árvore.
 - Ah, você veio – disse ela, parando de tocar.
 - Quem é você? – perguntei, me sentando na frente dela
 - Sou Samantha, a garota do 5° andar.
  Eu já tinha ouvido essa história, uma garota loira, curiosa demais, foi até o 5° andar e encontrou a porta do elevador abeta, mas o elevador não estava lá. Ela foi olhar lá dentro, se desequilibrou e caiu dentro do poço. O corpo dela nunca foi encontrado.
  Nunca acreditei nessa lenda, parecia mais história que inventaram pra gente não subir pro 5° andar.
- Então... Você existe mesmo? – perguntei, espantada
 - Existo sim... Quer dizer, não existo mais, já morri – disse ela, sorrindo.
 - E o que eu estou fazendo aqui? Eu morri?
 - Não... mas está quase. Você precisa parar ela.
 - E quem é ela?
 - Sou eu. Quando eu morri, fui “separada”. Meu lado bom conseguiu encontrar o paraíso, mas meu lado ruim não. Ela acha que todos daquela escola tem culpa de ter morrido.
 - Então.. O que eu preciso fazer?
 - Você precisa entregar isso pra ela – disse Samantha, me entregando uma rosa vermelha como sangue. – não precisa dizer nada, apenas entregue a rosa. Ela vai entender o recado.
  No momento em que peguei a rosa, acordei. Eu estava deitada do lado da Glésia, no chão do porão.
 - Glésia, acorda – eu disse, balançando ela
 - Jana... – disse ela, fraca.
 - Ah, vocês acordaram – disse a Samantha do mal, nos observando da cadeira velha. Ela era igualzinha a Samantha 1, só que mais acabada.
 - Eu... eu sei que você é – eu disse, me levantando.
 - Ah sabe é? Você não sabe nada sobre mim – disse ela, derrubando a carteira com o pé.
 - Eu sei sim... E tenho uma coisa pra você – disse eu, estendendo a rosa que a Samantha 1 tinha me dado. Como é que ela foi parar aqui. Assim que ela viu a rosa, se assustou, começou a tentar correr, mas de nada adiantava. A rosa sugou sua alma, deixando apenas suas roupas pra trás. A rosa sumiu das minhas mãos, tudo começou a rodar e eu desmaiei de novo.

  Acordei com o barulho ensurdecedor do meu despertador, avisando que estava começando mais um dia. Eu tinha acabado de ter um sonho terrível, com a escola, a loira do 5° andar e tudo mais.
  Peguei meu celular, desliguei o despertador e vi que tinha uma mensagem, de um número bloqueado. Assim que li a mensagem, joguei o celular longe e comecei a chorar. Não era possível, não podia ser!
  No celular, estava a seguinte mensagem:

Pensou que ia se livrar de mim é? Pois é conseguiu me tirar daquela escola, mas não vai me tirar nunca dos seus pensamentos.
Espero que consiga dormir um dia.
Samantha.

1 comentários:

Anônimo disse...

Olá boa noite Janah :)
Fuçando uns blog's encontrei o seu. Ele ta lindo parabens! Já estou te seguindo, se quiser também siga o meu: http://eusouumalindamorena.blogspot.com.br/ E se você quiser também podemos ser parceiras :)é só você falar...

beijos s2

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